quarta-feira, janeiro 12, 2011

Amigos

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril."

(Desconheço autor)

terça-feira, janeiro 11, 2011

Veríssimo

"Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando,
vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."
(Luis Fernando Verissimo)

Ah Caio!!!!!

"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante. Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce, talvez não saiba responder." 
[Caio Fernando Abreu - Os Dragões não conhecem o paraíso]

Saudade

Constatação

"Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão." (Caio F. Abreu)

Amo essa música...

Grande Bob

´ Amo a liberdade, por isso as coisas que amo deixo-as livres. Se voltarem é porque as conquistei, se não voltarem é porque nunca as tive . ´ Bob Marley

Frase do dia...

"Tô exausto de construir e demolir fantasias. Não quero me encantar com ninguém."

Amizade

Tenho uma amiga que quando percebe que eu estou
triste costuma me perguntar quem roubou a minha caixa de lápis de cor. Tem vez
que nem pergunta, apenas comenta: "poxa, dessa vez levaram as cores que
você mais gosta!" A tristeza afrouxa um pouco, por mais que eu esteja
chateada. Primeiro, porque é muito bom a gente se sentir olhado com carinho.
Depois, porque essa expressão tem uma inocência capaz de fazer gente grande
tocar em coisas sérias sem ficar com medo de queimar a mão.

De
vez em quando, ao ouvir a pergunta, acontece de uma lágrima ou outra escapulir,
afeitos que alguns sentimento são a desaguar no rosto quando o coração fica
apertado. Mas, algumas vezes, quando eu choro diante dessa indagação não é
pelas cores que não encontro na caixa nem por lembrar de quem supostamente as
roubou. Choro por perceber que ainda dou aos outros o poder de roubá-las. Por
notar que, no fim das contas, quem rouba os meus lápis de cor preferidos sou
eu.

(Ana Jacomo) 
 
 

Meu desejo

"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa,
não importa o que, como aquela fé que a gente
teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita,
uma coisa qualquer maravilhosa,
que me faça acreditar em tudo de novo,
que nos faça acreditar em tudo outra vez."

Caio F. Abreu
'Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas (...)'

Você pode morrer sim, mas não se esqueça de nascer ainda melhor!

A morte não é apenas a ausência da vida, sabia? Mas quantos tipos de morte tem por aí? Será que precisamos morrer mais do que uma vez?

Encare a morte como uma passagem, uma transformação. Sabe por que? Não existe planta sem a morte da semente; não existe o embrião sem a morte do óvulo e do espermatozóide; a borboleta não existiria sem a morte da lagarta!

Portanto, a morte é um ponto de partida para começar algo diferente e novo, todos os dias! Talvez possa ser a fronteira entre o passado e futuro, viu?

Vejamos: se você realmente quer ser um bom universitário, deverá matar dentro de você aquele aluno de segundo grau ainda crianção. Se você quer ser um bom profissional no mercado, então terá que fazer morrer o universitário descomprometido com a realidade.

E o que falar de um bom relacionamento se você não matar dentro de você a insegurança, o ciúme, a posse...Todo processo de evolução exige que você mate o "eu" do passado, viu? É preciso deixar de ser duas pessoas ao mesmo tempo. Pare de perder o foco! Pare de comprometer sua produtividade, seu talento, seu sucesso, sua história, sua vida! Põe luz no seu olhar, sorriso nesses seus lábios....Celebre a vida!

Muita gente não vai pra frente exatamente porque insiste em ficar agarrada ao que era, ao passado e não se projeta para o que pode ser ou que deseja ser. Como querer evoluir sem abrir mão da maneira como vive, pensa e age? Mude, pô!

Não seja um projeto inacabado! E pare imediatamente de ser um adulto infantilizado! Seja sim um(a) menino(a) e não matando as virtudes da criança, mas para ser adulto tem que deixar morrer os pensamentos infantis, viu? Passe a pensar como gente grande.

Mate tudo o que há de ruim dentro de você. Tudo! Acabe com a avareza, com o desamor, com o ódio, com a inveja.... E faça ou permita renascer aquele ser que você tanto deseja ser, tá?

Você pode morrer sim, mas não se esqueça de nascer ainda melhor, tá?

"O Amor me deu a vida! Agora vou transformar a minha vida em amor"
 
Mensagem de Luis Carlos Mazzini

O Vendedor de Balões


Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse. 
 
Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidãode jovens compradores de balões. 
 
Havia ali perto um menino negro. 
 
Estava observando o vendedor e, é claro apreciando os balões. 
 
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco. 
 
Todos foram subindo até sumirem de vista. 
 
O menino, de olhar atento, seguia a cada um. 
 
Ficava imaginando mil coisas... 
 
Uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto. 
 
Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou: 
 
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros? 
 
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse: 
 
- Não é a cor, filho, é o que está dentro dele que o faz subir.
 
 
 
 
"Somos o que fazemos, mas somos principalmente
o que fazemos para mudar o que somos."
Eduardo Galeano
 

domingo, janeiro 09, 2011

Mais uma para refletir...e muito!

 
Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.
De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?" Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela. Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.


Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.


Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carrega-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carrega-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segura-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!


Envie para alguém,  talvez salve um casamento.
Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir..

UM CASAMENTO CENTRADO EM CRISTO É UM CASAMENTO QUE DURA UMA VIDA TODA.
     
    (Autoria desconhecida)

Posso errar???

POSSO  ERRAR ?


Por Leila Ferreira 


Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu “errado”.
Foi num hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de 10 quilômetros. A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do kit do hotel. Opção? Maneira de dizer. Meus cabelos, superoleosos, grudam só de ouvir a palavra “condicionador”. Mas fui em frente. Apliquei o produto cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... surpresa!
Os cabelos ficaram soltos e brilhantes — tudo aquilo que meus nove vidros de xampu “certo” que deixei em casa costumam prometer para nem sempre cumprir.
Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa, dizer a coisa certa — e a pergunta que não quer calar é: certa pra quem? Ou: certa por quê?

O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa? Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos. Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado. Ele foi “certo” até colocar a aliança. O que faz surgir outra pergunta: certo até quando? Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens que chegam com aquele jeito de “nada a ver”, vão ficando e, quando você se assusta, está casada — e feliz — com um deles.

E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas talvez você se sentisse melhor com uma dose menor de
perfeição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada.
Estava com a roupa “certa”, mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para “errar”.

Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu: “Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo”.
Sem entrar no mérito da questão — da traição ou do cigarro — concordo que viver é, eventualmente, poder escorregar ou sair do tom. O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar.
Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado.
 

O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta: “Como assim?! Você não dirige?!” Com toda a calma, ele responde: “Não, eu não dirijo. Também não boto ovo, não fabrico rádios — tem um punhado de coisas que eu não faço”. Não temos
que fazer tudo que esperam que a gente faça, nem acertar sempre no que fazemos.


Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras: “Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e, muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos”. O certo ou o “certo” pode até ser bom. Mas às vezes merecemos aposentar régua e compasso.
 


(Leila Ferreira é jornalista, apresentadora de TV e autora do livro Mulheres – Por que será que elas..., da Editora Globo).

Tudo que é bom despenteia...

Hoje aprendi que é preciso deixar que a vida te despenteie,
por isso decidi aproveitar a vida com mais intensidade…
O mundo é louco, definitivamente louco…
O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro.
O sol que ilumina o teu rosto enruga.
E o que é realmente bom dessa vida, despenteia…
- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar à pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa idéia colocar aqueles saltos gigantes essa noite, deixa seu cabelo irreconhecível…

Então, como sempre, cada vez que nos vejamos
eu vou estar com o cabelo bagunçado…
mas pode ter certeza que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.
É a lei da vida: sempre vai estar ma is despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir.

Pode ser que me sinta tentada a ser uma mulher impecável,
toda arrumada por dentro e por fora.
O aviso de páginas amarelas deste mundo exige boa presença:
Arrume o cabelo, coloque, tire, compre, corra, emagreça,
coma coisas saudáveis, caminhe direito, fique séria…
e talvez deveria seguir as instruções, mas
quando vão me dar a ordem de ser feliz?
Por acaso não se dão conta que para ficar bonita
eu tenho que me sentir bonita…
¡A pessoa mais bonita que posso ser!

O único, o que realmente importa é que ao me olhar no espelho, veja a mulher que devo ser.
Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:

Entregue-se, Coma coisas gostosas, Beije, Abrace,
dance, apaixone-se, relaxe, viaje, pule, durma tarde, acorde cedo, Corra, Voe, Cante, arrume-se para fi car linda, arrume-se para ficar confortável!
Admire a paisagem, aproveite,
e acima de tudo, deixa a vida te despentear!

O pior que pode passar é que, rindo frente ao espelho, você precise se pentear de novo…

Abraços ...

Reflexão

O QUE PENSAM DE NÓS

Não importa o que pensam ou falem de nós. Importa o que pensamos ou falamos dos outros. Está aí a nossa responsabilidade.
Quase nunca somos aquilo que parecemos ser. As convenções sociais, o meio ambiente, a nossa herança cármica, vários fatores nos levam a ser por fora o que não somos por dentro.
Outros julgam pelo que aparentamos por fora. Ninguém penetra no nosso íntimo. Mesmo nós levamos largo tempo a nos visitar e a nos revermos por dentro para saber em que condições estamos. Habituamo-nos  conosco externamente e chegamos a nos convencer de que somos aquilo que externamos.
Eis aí a razão de nossas decepções, nossas amarguras. Quando falam algo desagradável a nosso respeito e isso chega ao nosso conhecimento, ficamos revoltados, é que alguém viu, através da máscara tão bem afivelada a nossa face, a fisionomia que realmente possuímos.
Se dermos uma vistoria no nosso mundo interior, talvez descubramos que aquela referência desagradável a nosso respeito tem fundamento.
Iludimo-nos a nós mesmos, e por isso, em vez de nos irritarmos e nos aborrecermos com quem teve a coragem de levantar um pouco a nossa máscara, advertindo-nos sobre a deformação que descobriu, deveríamos ser-lhes gratos, pois poderemos, naquela parte defeituosa, procurar a melhor forma de corrigir o defeito.
Um exame de consciência, uma auto-analise, de quando em quando , não faz mal a ninguém; ao contrário, leva-nos a descobrir nossos pontos vulneráveis, nossos defeitos, e então procurar corrigi-los antes que alguém venha a ser atingido por eles e os desvende diante de todos.
Outros colocam-nos em pedestal, julgando-nos em estado espiritual elevado.
Também não devemos permitir que isso permaneça, pois, forçoso é reconhecer que ainda não nos libertamos da matéria e muitos defeitos ainda nos escravizam a ela. Podemos estar lutando para nos aperfeiçoarmos e darmos provas disso por meio de atos louváveis, mas daí a merecermos um pedestal vai muita distância. Somos humanos, sujeitos às mesmas falhas de todo mundo.
Quanto às referências pouco elogiosas ou de críticas aos nossos atos, podem ser provocadas por vários motivos, alguns até verdadeiros, mas de qualquer forma não nos devem atingir; pois precisamos aprender a ser nossos próprios juízes e saber que só responderemos pelo que fizermos e não pelo que julgam que fizemos.
Perante a lei do eterno, responderemos pelo que somos, não pelo que julgam que somos.
Esforcemo-nos por ser honestos em todas as nossas atitudes, e por fazer na vida tudo com dignidade e amor, ainda que muitas vezes tenhamos que desagradar a alguém.
Sabemos que, mesmo com esse esforço, só lentamente nos conheceremos intimamente.
Os instintos em nós usam muitos subterfúgios e nos iludem mesmo. Por isso, aceitemos as críticas, as censuras ou os elogios com naturalidade. podem todos ter razão; é provável que ora sejamos sinceros e justos, ora hipócritas; ainda não estamos em estágio tão elevado que possamos acertar sempre. Então deixemos que digam, que pensem a nosso respeito o que quiserem, pois cada um responde por si. Se acertarem, melhor para eles, se errarem responderão pelo juízo precipitado.
Devemos continuar a nossa diretriz sem nos afastarmos um milímetro da meta traçada. Perfeição deve ser o nosso lema. Vezes acertando, vezes errando, mas perseguindo sempre a meta que é a razão de nossa estrada no mundo.
Assim, que falem, que nos elogiem ou nos apupem ; isto não pode nem deve alterar o nosso rumo. Que as trevas das desilusões, das amarguras, dos desenganos, provocadas ainda pela nossa ignorância, sejam, pois, vencidas em nós pela luz da eterna sabedoria.
 
De “Eu sou o caminho...”, de Cenyra Pinto
 
Abraços ...

Verdades


Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Mais ou menos eu...

Você aguentaria conhecer minha verdade?

Pois tome, prove e sinta.
Eu tenho preguiça de quem não comete erros, tenho profundo sono de quem prefere
o morno. Eu gosto do risco, dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem
segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres, liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar, dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, chata! Eu sou assim, tenho um milhão de defeitos, sou volúvel, tenho uma tpm horrível, sou viciada em gente, adoro ficar sozinha, mas eu vivo pra me sentir. Por isso eu te peço: me provoque, me beije na boca, me desafie, me tire do sério, me tire do tédio, vire o meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir!!! um beliscãozinho que for, me dê. Eu
quero rir até a barriga doer, eu quero mais é viver!!!